A abertura ficou por conta da “Caca V”, vocalista da banda Copacabana Club, que atacou de DJ. O set recheado de pop-rock-indie remixado não agradou tanto, tendo poucas reações de entusiasmo da maioria ao longo da apresentação.
Quando o telão foi erguido, surgindo a contagem regressiva para o tão esperado momento, a Apoteose foi ao delírio!
O público presente queria Britney, e não é para menos… Brit estava prestes a se apresentar para uma multidão de fãs que a aguardavam a mais de 10 anos! Desde o seu único show em terras tupiniquins, no Rock In Rio em 2001, a trajetória de Britney foi uma das mais conturbadas e agitadas do show business. Foram altos e baixos acompanhados por todos os fãs e pela selvagem imprensa de todo o mundo. É inquestionável quando se trata do papel de Britney Spears para o mundo pop, a sua contribuição para o mercado fonográfico, o poder de sua imagem e sucesso. Britney prova, e provou no palco, que é uma das maiores divas da atualidade, mesmo depois de todo o seu tempo de carreira.
O palco e os figurinos seguiram o mesmo padrão dos dois últimos shows, em Lisboa e Abu Dhabi, sem a estrutura de telão em formato de “U” e os 5 “mini-telões”, além das alterações nos figurinos do bloco de “Gimme More”, escondendo a barriga, e no bloco de “…Baby One More Time”, usando o maiô preto. A entrada em “Hold It Against Me” continua também pela parte inferior do palco, e não pela divisão do telão maior superior. Tudo levar a crer que será assim até a final da turnê que ainda vai rodar a América do Sul.
A set list permaneceu idêntica ao da leg européia, o mesmo para os adereços nas performances, pirotecnia e elevadores, todos mantidos!
Visualmente contagiada, Britney reagiu ao calor do público logo no início. Antes da habitual saudação no intervalo entre “Up N’ Down” e “3”, o coro de gritos na Apoteose era tão forte que fez com que a voz de Britney ficasse quase que abafada.
Se os vídeos das introduções dos blocos serviam para descançar a voz do alvoroço do público, o show seguia perfeitamente sob aplausos e gritos interruptos na volta da loira com um novo figurino.
O que dizer de “Big Fat Bass”, da animada e envolvente dança de “How I Roll”? A performance com a coreografia inigualável de “I’m Slave 4 U”, relembrando o saculejo que Brit deu no cenário pop daquele ano, lançando tendências. A memorável “…Baby One More Time”, pra acabar de vez com as vozes, e as performáticas apresentações de “Boys” e “Toxic”. As emoções eram muitas ao mesmo tempo, olhos pregados no poder de entreter e de preencher todo o palco, soando de uma forma mais do que natural para Britney Spears, uma característica de poucas.
O escolhido para subir ao palco em “Lace and Leather” foi o Getúlio Cavalcante, de Teresina, sorteado dias antes pela Famos*, empresa de Jason Trawick, namorado de Brit. “Foi emoção demais. Ela tem rosto de menininha, parece um anjinho e o visual lembra ainda a fase inicial da carreira. Não consigo explicar o que aconteceu porque a ficha ainda não caiu”, disse, acrescentando que “Britney tem um cheirinho doce”.
Em “I Wanna Go”, uma surpresa meio que esperada pelo Britney.com.br, Britney ergueu a bandeira do Brasil com as assinaturas e mensagens da equipe do BBR. A bandeira foi entregue para a Felicia ainda durante o Backstage, que prometeu fazer o possível para que ela chegasse as mãos de Britney no palco, atitude nunca feita em nenhum outro país que recebeu a turnê. Aliás, os fãs com o ticket do Backstage tiveram acesso a Pista Premium antes da abertura oficial dos portões para o público geral, o que provocou um pequeno desgaste entre alguns que estavam na fila acampados. O mesmo previlégio deve ser mantido no show de São Paulo. Um fator negativo foi a organização das filas de ambas as pistas, por falta de respeito de muitas pessoas que furavam a fila na já desgastante espera para entrar.
Fã desde o primeiro álbum, Rafael Braz foi um dos felizardos que foram no Meet & Greet. Ele conta detalhes:
“Felicia nos levou até uma salinha e nos deu as instruções. Nos explicou tudo aquilo que nós fãs já sabemos: que Britney é tímida, que ela reage de acordo com a reação dos fãs, etc. Quando entro na salinha em que Britney estava, meus olhos veem no fundo uma garota que parecia uma boneca. Meus olhos não acreditaram no que viram. E quando cheguei ao lado de Britney ela disse bem baixinho e tímida: ‘Hi, this is for you!’, e me deu o tourbook autografado.”
No encerramento, com a fantástica performance de “Till The World Ends”, a ideia das folhas com o “OH” foi mais do que impactante! Uma grande leva de fãs ergueram os braços com o material que foi distribuído bem antes na fila. Ao perceber o mar de “OH’s” espalhados na multidão, Britney abriu um grande sorriso, deixando mais do que perceptível a sua satisfação com a atitude daqueles fãs que tanto esperaram pela sua presença.
No Twitter, alguns dos dançarinos comentaram sobre o show:
“O melhor público. Show épico esta noite!” - Chase Benz.
“Wow… Tivemos públicos incríveis, mas nenhuma como o Rio de Janeiro. Esta noite foi incrivel! O som de vocês ainda está batendo nos meus ouvidos!” - Zach Lattimore.
“O show do Rio foi insano! O melhor público.” - Maria Wada.
“O público do Rio foi o mais louco que eu já experimentei. Tive a honra de estar na presença de vocês.” - Jae Fusz.
Britney retwittou algumas mensagens de agradecimento dizendo que o show foi épico e que ama o Rio, além de postar uma foto de fãs na grade com as folhas do “OH”, intitulando ela mesma de “It’s Britney BEACH!”.
A imprensa brasileira, por mais surpreendente que pareça, em sua maioria pareceu gostar do espetáculo. Alguns dos destaques:
Ig - Último Segundo:
“Ao estilo mulher fatal, Britney Spears se apresenta para 20 mil pessoas no Rio” (…) “Uma década depois, já mãe de dois filhos e após altos e baixos na vida pessoal e profissional, ela segue o perfil mulher sedutora e provocante no palco.”
Jornal do Brasil:
“Uma maratona de hits, sem muito tempo para respirar, pensar, contextualizar: esta foi a proposta de Britney Spears” (…) “Britney apostou em seu carisma, simpatia, e principalmente, em sua capacidade de criar hits que marcaram uma geração que cresceu durante os anos 2000 cercada pela música pop.”
R7:
“Apoteose se curva ao som pop de Britney Spears no Rio” (…) “Britney levou o público ao delírio com os novos hits do último álbum Femme Fatale” (…) “Foi, porém, a partir da apresentação da música Baby One More Time que a moçada se jogou de vez aos pés da diva do pop. Com balões coloridos e as letras das músicas na ponta da língua, o público cantou junto com Britney as canções Trouble for Me, Slave, I Wanna Go e Womanizer, quando se despediu pela primeira vez do Rio de Janeiro.”
Revista Quem:
“Britney Spears brilha em apresentação no Rio de Janeiro” (…) “A estrela da noite foi extremamente pontual com o início de sua apresentação. Um telão instalado no palco, inclusive, foi utilizado para fazer a contagem regressiva antes do show, que se iniciou às 21 horas.”
MTV:
“Rio ‘dança até o mundo acabar’ com Britney Spears” (…) “A turnê de Britney é uma megaprodução: palco de última geração com dois andares, aparelhagem para a cantora subir e descer de andar, muita luz, fumaça, fogos, som alto e, claro, vários bailarinos.” (…) “Em grande estilo, Britney encerrou o show com direito a cenário se movendo, fogos e uma plataforma que a suspendeu com asas de anjos. “Rio, eu te amo, obrigado por estarem aqui!”, disse a cantora, com um sorriso no rosto, ao se despedir.“
O Globo:
“No Rio, Britney Spears prova que é possível ter uma segunda chance.” (…) “Em 1h15m de show, que começou pontualmente às 21h (com direito a uma contagem regressiva de precisão impressionante para padrões cariocas), a eterna “princesinha do pop” contou com o apoio massivo de seus fãs para mostrar ao mundo que é uma estrela que veio para ficar.” (…) “Os fãs de Britney são um show à parte. Dedicados, eles vão muito além de comprar merchandise e cantar todo o repertório: defendem a musa com unhas e dentes.” (…) “O ponto alto da demonstração de carinho dos fãs veio na última música do show. No refrão de “Till the world ends”, maior sucesso do novo disco, centenas de cartazes pipocaram na plateia reproduzindo o “Oh oh oh” do refrão, a que Britney respondeu com um sorriso surpreso.”
Ela demorou a vir, mas veio mais forte do que nunca, marcando para sempre na memória de todos aqueles que a amam e acompanham toda a sua trajetória. Amanhã, 18 de novembro, é a última chance dos fãs presenciarem a Femme Fatale Tour no Brasil.
São Paulo, agora é com vocês!
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